“Afinal, perguntei uma vez para o meu pai
se ele já tinha visto alguém morrer:
- Sim, uma pessoa.
- Que pessoa?
- Uma pessoa que estava no porão, no pau de arara.
- Foi tu?
- Não.
- Quem foi?
- Outra pessoa.
- Como?
- Com uma paulada nas costas.
- Como tu sabia que estava morto?
- Cuspiu sangue. Estourou o pulmão.
(Manoela Cavalinho, 2021)