Que histórias contamos da pandemia de Covid-19? O que lembramos? O que esquecemos? O que precisamos esquecer para seguir? Como não se render ao desejo de seguir em frente sem narrar nossas difíceis experiências? E o que precisamos lembrar para não esquecer nem ocultar de nós mesmos perdas, medos, desamparo e angústia que sentimos?
Há cinco anos foram diagnosticados os primeiros casos desse vírus letal que marcou a história mundial. No Brasil, o impacto da pandemia foi consideravelmente agravado pelo projeto genocida do Governo Federal. Para atravessarmos os anos de horror foi urgente tecer redes de solidariedade, respeito, construção de memória e de afetos para sobreviver e resistir diante dos inapreensíveis números de mortes e mentiras diárias.
Para descomemorar esses cinco anos, retomamos as histórias escritas, faladas, desenhadas, tecidas por quem se endereçou ao projeto Testemunhos da Pandemia, trabalho conjunto do Museu das Memórias (𝘐𝘯)possíveis com o Coletivo Testemunhos da Pandemia. Neste projeto, ainda em andamento, foram acolhidas, escutadas e emancipadas testemunhos onde a vida resiste e insiste mesmo em tempos em que o imperativo era a morte e o apagamento.
O Museu também musealizou o projeto Inventário de Sonhos, sonhos recebidos por um grupo de psicanalistas que, ao longo da pandemia, coletou 1257 sonhos. Para acessibilizar e coletivizar os sonhos, criamos o projeto “Você empresta a sua voz?”, onde muitas pessoas leram sonhos anônimos deste período tão difícil da nossa história.
Convidamos à participação para ampliar essa rede de solidariedade acompanhando algumas das nossas publicações com fins de marcar e revigorar o respeito pela memória coletiva e pelos afetos.
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