"A Vila Chocolatão passou a ser ocupada há
mais de 20 anos [1986 a 2011] por famílias
que estavam vivendo em situação de rua e que
habitavam nas proximidades, embaixo de
pontes, marquises e acampamentos na margem
do rio Guaíba. Aos poucos, as famílias foram
recolhendo das ruas restos de madeiras e
compensados até erguerem seus pequenos barracos"
(SOARES, SUSIN, WARPECHOWSKI,
2011-2012, p.165).
"(...) esses moradores sabem que, além da
casa, necessitam viver num território onde
também possam ter acesso aos demais bens e
serviços que tornam a vida digna. Estavam
inseridos nos serviços da região, como
escola, creche, posto de saúde e centros de
assistência social. O centro da cidade é uma
região muito rica na produção de resíduos,
garantindo o trabalho de coleta. Construíram
uma rede de apoio informal, composta por moradores
do entorno, igrejas, restaurantes
que auxiliavam com alimentos, roupas,
móveis. Assim, diziam: ‘O centro é muito
rico e aqui ninguém passa fome’
(SOARES, SUSIN, WARPECHOWSKI,
2011-2012, p.166-167).