"[...]
Cada coisa sem préstimo
tem seu lugar
na poesia ou na geral
O que se encontra em ninho de joão-ferreira:
caco de vidro, garampos,
retratos de formatura,
servem demais para poesia
[...]
Tudo aquilo que a nossa
civilização rejeita, pisa e mija em cima,
serve para poesia
[...]
O que é bom para o lixo é bom para poesia
As coisas jogadas fora
têm grande importância
– como um homem jogado fora
Matéria de poesia In Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.