SOBRE SUA MÃE, MARIA VIANA DA CONCEIÇÃO
“Ela vivia recebendo “prensa”, conforme relata Antônio Viana. Era ameaçada. Queriam levar seus três filhos, não somente Giovani. “Quando estavam no restaurante, os militares sempre queriam levar ele, o Giovani”, descreve. Nessa época, o outro filho de Maria tinha cerca de seis anos de idade e não possui lembranças detalhadas da situação. “Aconteceu pela primeira vez em 1972. Era uma baixaria só. A primeira vez que o Exército baixou em Xambioá foi uma prensa em nego lá. Mas não deu certo de me levarem. Sempre disseram que tinha que pegar o menino [Giovani]. Eles viam ele lá no restaurante. A pressão era muito grande. Um dia, soldados do Exército baixaram lá na casa, do lado do restaurante. Minha mãe não estava. Mas não conseguiram levar a gente”, contou Antônio Viana.” (Antônio Viana, Cativeiro sem Fim, p. 101-102)