Com quais traços e vozes se faz uma cultura inclusiva?
4 de setembro de 2024

Nossa cultura está preparada para acolher aqueles sujeitos que não se enquadram em determinados parâmetros? Como acolhemos as deficiências na nossa sociedade? O que significa “incluir” alguém? Incluímos na diferença ou tentamos achatá-la/suprimí-la? Almejamos a “normalização”? Estamos sabendo escutar os sujeitos não somente na sua deficiência, mas nas suas singularidades? Qual é a imagem que esses sujeitos têm de si mesmos? Como se vêem e como são vistos? O que temos a aprender com as deficiências?

Nessa 18ª Primavera de Museus, o Instituto Brasileiro de Museus traz o tema “Museus, acessibilidade e inclusão”. Para esta semana, o Museu das Memórias (In)Possíveis propõe uma roda de conversa com três convidados muito especiais: Crispim A Campos, Elaine Milmann e Caetano Dorneles.

Crispim A Campos

“Sou Crispim A. Campos, me formei em Psicologia pela PUC Campinas, realizei Especialização em Psicoterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo.

Fiz Mestrado em Educação pela Unicamp, Doutorado em Psicologia Social pela PUC SP, e Pós Doutorado pela UnB em Brasília e na Universidade de Leeds na Inglaterra em Sociologia onde estudei o modelo social da deficiência. 

Hoje sou professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar em São Carlos, São Paulo.

Tenho dois filhos, Bruno e Felipe – Bruno tem 25 anos e Felipe tem 27. Como pai do Felipe luto pela dignidade e inclusão das pessoas com deficiência.

Sempre me aventurei pela poesia e pela pintura, porque afinal, navegar é preciso, viver não é preciso!”

Caetano Dorneles

“Meu nome é Caetano de Freitas Borges Dorneles, tenho 26 a e síndrome de down. Me formei no ensino médio no colégio estadual Piratini. Meu sonho era ser garçom, fiz curso no Instituto Ecoa. e trabalho no Café Cantante, em Porto Alegre, desde março de 2022. Toco percussão na banda Malukos Beleza e sou namorado da Laís.”

Elaine Milmann

“Sou Elaine Milmann, me formei em Educação Especial em 1985 e depois me (trans)formei em psicopedagoga em 1989. Trabalhei na prefeitura de Porto Alegre nas décadas de 1090 e 2000 e acompanhei alguns movimentos educacionais históricos, em uma caminhada que trago como horizonte a transformação da escola para construirmos, juntes, uma Cultura inclusiva. Fiz mestrado e doutorado em Educação pela UFRGS. Também realizei pós-doutorado pela UFRGS e pela UL. Sigo como pesquisadora no NUPPEC/UFRGS eixo-2 e coloco minhas lentes investigativas sobre a escrita e a linguagem. Como psicopedagoga clínica, acompanho e testemunho a caminhada do Caetano desde o terceiro ano do ensino fundamental.”

Evento online mediante inscrição no dia 28/09/24 às 9hs

Inscrições: appoa@appoa.org.br