O que são os objetos? Para que eles servem? A quem eles servem? O que eles revelam de cada um de nós? Qual relação temos com eles? É evidente que elegemos, ao longo de nossas vidas, objetos essenciais para nós, que contam nossa história, que dizem quem somos. Objetos que são para além do que são, objetos que carregam uma narrativa tão forte que acabam tendo a força de nos situar no mundo. Mas o que são os objetos quando eles são em si mesmos? O que são eles quando não carregam uma história, uma metáfora? Poderia parecer que um objeto destituído de metáfora ou simbolização seria um objeto vazio, que não diz nada. Mas nem sempre é assim. Às vezes, a insistência da repetição nos mostra a sua importância, mostra que mesmo o objeto que não carrega uma história se torna ele próprio parte do corpo do sujeito. Essa galeria conta do trabalho de Ademir e de Márcia. Não se trata de um trabalho em conjunto, mas de dois trabalhos que se encontraram.